Habitar o novo espaço

Arrumei, desarrumei e voltei a arrumar vezes sem conta, mas com trabalho por fazer e a acumular, a tarefa de habitar o novo espaço de trabalho vai ter que ser feita aos poucos.

Os meus domínios são agora o sótão da casa, coisa que não podia estar mais de acordo comigo, eu que gosto de guardar todo o género de tralha e adoro espaços tipo toca - Na verdade o sótão é grande e tem bastante luz natural.

O meu plano actual é trabalhar unicamente no andar de cima, na tentativa de poupar o resto da casa à tirania das linhas, lãs, bocadinhos de tecido e enchimento por todo o lado

Flores

...Na Sexta-feira passada fomos ao mercado pela primeira vez desde que cá estamos. Como chovia e já era tarde, não consegui comprar quase nada a não ser flores.

Esta semana planeio nova visita, logo cedo pela manhã e vasculhar cada canto

É Abril, estamos debaixo de água outra vez

Não falha, já esteve sol, calor, dias lindos de primavera, mas no mês de Abril nunca falha- A chuva

No fim-de-semana escapamos à dita cuja, até esteve sol suficiente para que eu, normalmente muito pálida e não muito cautelosa, quase tenha apanhado no primeiro dia um mini escaldão. Não foi grave mas nos restantes dias não saí à rua sem um forte protector solar

Boa companhia, boa conversa, boas visitas de conhecidos e desconhecidos... e pasteis de nata quentinhos

A Matilde

A Matilde não é fã de mudanças, mas como gosta muito de nós faz um esforço e já se vai habituando aos poucos à nova casa, aos novos cheiros, aos pardais que fazem uma barulheira imensa nas oliveiras por trás da casa e que a deixam completamente transtornada por não lhes conseguir chegar. Felizmente é muito fraca caçadora. Os pardais parece que sabem e fazem de propósito para a irritar - Por vezes reúnem-se em grandes e barulhentas assembleias na varanda, a Matilde corre disparada a fazer uns barulhinhos engraçados com a garganta e eles, claro, fogem :)

Anda atrás de mim pela casa como sempre fez, mas eu sei que está ofendida comigo - Ainda não fala, como fazia sempre que estalávamos os dedos, olha-me meio de lado e às escondidas vai ratando o meu bonsai ( ela sabe que não deve), coitado! Nada que uma dose reforçada de mimos e brincadeiras não cure